Véus é um projeto despreocupado, ligado às sensações pessoais de cada envolvido. É um estudo do próprio fotógrafo sobre o acaso, o agora e o desapego. Um projeto sobre a construção da desconstrução. São diversas edições, infinitas combinações, tons e cores. O fim de uma história sempre dá início a outra. Quando bate o vento forte, o véu tremula de uma maneira casual sem preocupar-se com nada, desapegando-se do próprio ego, revelando um novo rosto

 

A vida é feita de experiências e momentos, nos cobrindo por camadas, representada pela tinta: o véu – que baseia-se na nossa percepção de realidade imposta pelas vivências cotidianas, por isso incerta, abstrata e cheia de traços acidentais.

 

A sensação de mergulhar na água e deixar que as camadas se desfaçam é única, podendo ser vazia ou completa, entediante ou contemplativa, mas sua verdadeira e única importância é de nos transportar para o presente.

 

O agora é assim: é belo, colorido, cheio de sensações e emoções. Somos felizes em momentos que estamos mergulhados por completo em algo, quando conseguimos desapegar do passado e do futuro, de manias, pensamentos e ações repetitivas. O presente é pura arte, a arte do autoconhecimento e aceitação. Felicidade é justamente isso, saber identificar os bons e maus momentos e apreciá-los por igual sem a interferência externa.

 

Nossa verdade está debaixo de tantos véus. Cabe ao observador/mergulhador apreciar seu próprio presente sem julgamentos.

 

Que os bons ventos nos levem!